domingo, 28 de março de 2010

Para a frente é que é caminho...

"Usa a capacidade que tens. A floresta ficaria silenciosa se só o melhor pássaro cantasse."
(Oscar Wilde)

segunda-feira, 22 de março de 2010

A genética não ajuda...




A genética não ajuda em nada !!!
A minha paixão pelo “running” já dura desde finais de 2007 mas não sou correspondido.
Digo isto pelo meu peso: 90 Kg que não há maneira de fazer baixar. Mesmo “malhando” certinho três vezes por semana… Com treinos onde queimo 700 a 800 Kcal em cada um!!!
Talvez devesse ir para o lançamento do peso e desistir das corridas longas pois, com 90kg, realmente não fui feito para elas. Com sorte talvez ainda fosse a tempo de encontrar e competir com aquele que, nos Jogos Olímpicos, referiu: “de manhã, só se está bem é na caminha…!”

O problema é que, além de pesado, sou teimoso…

sábado, 20 de março de 2010

Depois da tempestade vem a bonança!

Para a prima Cristina com a certeza de que tudo irá correr bem e o desejo de uma rápida recuperação, porque virão aí muitos "Beautiful Day"(s)


sexta-feira, 19 de março de 2010

Simplesmente... Magnificent...

...em que penso enquanto corro?



“...Perguntam-me muitas vezes em que penso enquanto corro. Regra geral, as pessoas que fazem esta pergunta nunca participaram em corridas de fundo. A pergunta dá-me sempre pano para mangas. Vendo bem, em que penso eu, exactamente, enquanto corro? Para dizer a verdade, não tenho a mínima ideia. Nos dias frios, devo pensar vagamente no frio que faz, e nos dias quentes, a mesma coisa, com a diferença, calculo, de os meus pensamentos incidirem sobre o calor. Quando me sinto triste, penso um bocadinho na tristeza. Quando estou contente, penso mais ou menos na felicidade. Também sou muitas vezes assaltado, como disse antes, por acontecimentos do passado, sem nenhuma ordem lógica e acontece, uma ou outra ocasião (muito raramente, confesso), encontrar uma pista que poderei vir a utilizar num romance. Na realidade, quando corro não costumo pensar em nada que mereça a pena ser referido. Corro, só isso. Corro no vazio. Dito de outro modo: corro para atingir 0 vazio. No entanto, há sempre um pensamento ou outro que acaba por se introduzir nesse vazio. O espírito humano não pode ser um vazio completo. As emoções dos homens não se revelam suficientemente fortes ou consistentes, ao ponto de alber­garem 0 vazio. Quero com isto dizer que os pensamentos e ideias que invadem o meu espírito enquanto corro permanecem subor­dinados a esse espaço oco. Na medida em que lhes falta conteúdo, mais não são do que pensamentos ao correr da pena que têm como eixo a natureza do próprio vazio. As coisas que me vêm a cabeça enquanto corro são como nuvens no céu. Nuvens das mais diferentes formas e de diferentes tamanhos, que vão e vêm enquanto o céu permanece o mesmo de sempre...”

Excerto do livro de Haruki Murakami (2009). Auto-retrato do escritor enquanto corredor de fundo. Casa das Letras

segunda-feira, 15 de março de 2010

QUEM MORRE...?

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu gurú.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente, quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples facto de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade.
PABLO NERUDA